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sábado, 12 de março de 2011

Outras coisas.

A vida é um jogo cansativo, mas ela pode nos reservar tantas coisas que eu nunca poderia imaginar em outro lugar, coisas do tipo... O primeiro amor, a primeira vergonha a sofrer, o primeiro acidente, o primeiro salário, são coisas de tão pouca importância que nem chegamos a ver nos dias de hoje. Falar sobre a vida seria muito complexo, eu teria que voltar ao início dela, teria que voltar nos seus primórdios e avançar até suas evoluções futuras, descobertas de outras vidas e destruições de outras. Mas na vida, não há mais nada de importante que você, tudo na vida seria sem sentido se você não existisse, não digo isso para outra pessoa... Seria sem sentido se eu não existisse, a pessoa ao seu lado não existisse até você mesmo, tudo na vida têm sentido porque todos nós existimos, eu falo até dos animais e a outra pessoa do lado do espelho que pode fazer uma coisa diferente que você; todos eles têm uma vida diferente da nossa, os espelhos revelam isso, repare o infinito e repare o que é você, sua vida é infinita mesmo você tendo ou não tendo o que você quer... Hoje tudo é possível... Exceto saber o valor da morte, a morte vem, a vida vai e assim você em ambas as situações se distraí. Aprenda a viver, aprenderá o valor da morte e a vida unida. No meu caso, aprendi da pior maneira...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quando tu choras


Quando tu choras, meu amor, teu rosto
Brilha formoso com mais doce encanto,
E as leves sombras de infantil desgosto
Tornam mais belo o cristalino pranto.
Oh! nessa idade da paixão lasciva
Como o prazer, é o chorar preciso:
Mas breve passa - qual a chuva estiva -
E quase ao pranto se mistura o riso.
É doce o pranto de gentil donzela,
É sempre belo quando a virgem chora:
- Semelha a rosa pudibunda e bela
Toda banhada do orvalhar da aurora.
Da noite o pranto, que tão pouco dura,
Brilha nas folhas como um rir celeste,
E a mesma gota transparente e pura
Treme na relva que a campina veste.
Depois o sol, como sultão brilhante,
De luz inunda o seu gentil serralho,
E às flores todas - tão feliz amante -
Cioso sorve o matutino orvalho.
Assim, se choras, inda és mais formosa,
Brilha teu rosto com mais doce encanto:
- Serei o sol e tu serás a rosa...
Chora, meu anjo, - beberei teu pranto!

Autor: Casimiro de Abreu.