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sábado, 4 de março de 2017

Despedida

A escuridão me abraça,
Enquanto escrevo uma negra carta
Com versos de ódio e rancor
Detalhando minha profunda dor.

A cada frase de despedida
Explico minha partida
Forçado a deixar as mágoas para trás
Como a lembrança que se desfaz.

Por desleixo,
Fico na dúvida se de fato deixo,
Sabendo que não sentirei mais o sabor do teu beijo,
Fico triste e com um grande desejo.

Eu também não posso tentar redimir,
Se sei a dor do partir,
Foi porque eu não tinha como fugir
Dessa solidão que me assola desde então.

Vivo contigo, mas você não vive comigo
Não me tens nem como amigo
E deixa o meu coração mais aflito.
E penso que tudo isso pode ser um castigo.

Adeus doce vida,
Que segue um só roteiro
Não há escapatória, nem sorteio
Quando se há certeza do partir.

domingo, 13 de setembro de 2015

O tempo do mundo


Enquanto o tempo passa,
A vida fica escassa,
O coração de um homem caça
Alguém para dar os seus beijos em uma praça.

Enquanto o tempo passa,
O mundo sofre com desgraça,
A mulher que iria ter um filho no hospital,
Preferiu morrer no quintal, ouvindo seu marido bêbado passando mal.

Enquanto o mundo se destrói,
O coração de um velho homem se corrói,
Pelo café amargo que desce em sua garganta,
Ele lembra de sua velha amada morta que adorava sua planta.

Enquanto o mundo reclama da dor,
Existe um jovem que sofre por amor,
Decidindo tirar sua vida,
Deixando uma admiradora entristecida.

Enquanto a chuva cai,
Uma moça estranha se distrai,
Fazendo com que sua alegria seja recíproca
Para aqueles que a deixar enriquecida.

Enquanto a chuva seca,
O lábio de uma mulher resseca
Ao fumar na varanda do sexto andar
Deixando os pensamentos suicidas a dominar.

O mundo te deixa sem caminhos,
Faz com que seus sentimentos fiquem em desalinho
Pensando no próximo inverno,
Em busca de um amor sem o eterno.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ninguém



Este é o Alguém,
Que não ama ninguém,
Mas é esperançoso
E um pouco receoso
De ter um caso amoroso.

Muito tempo se passou
E a frustração o atacou.
Vendo os outros tristes por amor,
Ignorou o perigo de procurar.

Um dia, alguém encontrou a felicidade,
E perguntou:
- “Por que você é tão rara?”.
Ela respondeu:
- “Não sou tão rara, minha conquista que é muito cara.”

Caminhando com a felicidade
Chegou à outra cidade
Encontrou outro alguém de pouca idade
Logo cedo já tinha jurado a fidelidade.

Confuso, amou.
Esperou por muito tempo
Algo que outro alguém negou
Forte, não chorou.

Se sentindo patético
Fugiu para o lado menos ético
Esquecendo o seu lado estético
Como forma de protesto.

Logo a tristeza e a solidão
Tomaram conta de seu coração;
Iludido e fodido com uma profunda esperança
Para que um dia este alguém não seja apenas uma mera lembrança. 

terça-feira, 8 de julho de 2014

De um tempo pra cá

A escuridão é o que me resta,
O cinema que é a vida não presta.
O mundo nunca foi um mar de rosas,
- “Foi assim que entreguei minha mão para a solidão”
 Cativa-me com teus desejos!
 Faça de mim seu objeto,
 E me exclua de tudo alegando que é certo.
 Se tu me removes de tua vida,
Não seja boba, sei que não tenho saída.
Fui firme, pois sei o que agüentei,
 Dois anos no mundo da tristeza, jamais esquecerei!
Da riqueza à podridão,
 Tudo por uma frase que terminava em: - Não!
Determinado, mas sujo e acabado,
 Resolvi destruir o meu abalo
 Com uma arma na mão,
Derramando meus miolos no chão.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

As suas falsas promessas


Fumei todas as minhas poesias,
Para que nenhuma delas possa lembrar você;
Fumei todas as lembranças,
Para que nenhuma delas leve o meu caminho ao seu.
Fiz do nosso antigo ninho,
Uma cama com espinhos;
Transformei toda aquela dor,
Em um mar de ódio e rancor.

Aquele gosto do seu beijo doce,
Hoje em dia sinto desgosto.
O que antes me fazia levitar,
Agora me faz ter os pés em terra
Para que eu possa enxergar as coisas simples.
Quais as eu não pude ver por pensar em coisas tristes
Sendo que de alguma forma me libertei
Dos seus beijos, abraços e carinhos;
E hoje em dia sou livre para seguir diversos caminhos.
   
No silêncio profundo eu permaneço,
Para que nada venha a querer um recomeço.
Meu sangue, minha lágrima
Dores que eu sentia dentro de minha alma.
Sua vida se separou de mim,
E nada naquele momento podia me dizer o que acontecia,
Seus segredos, suas traições,
Foi isso que rompeu nossos corações!
Pude perceber que minh’alma pouco a pouco adormecia,
E em teus seios pude perceber que você me iludia.
Percorri um enorme caminho sozinho;
Para ver se afastava minha tristeza
Mas nem mesmo a solidão foi capaz de tornar-se inspiração.


terça-feira, 16 de julho de 2013

A busca perdida

Eu precisaria de duas pedras;
Uma pra tacar em um amor
E a outra pra substituir meu coração,
Do qual foi tacado no lugar da pedra
E foi entregue a um amor que o deixou no chão.

Seria eu que deveria me sentir só?
Ou ficar com todo peso e mágoa deixada aqui,
Arrepender-me-ia de um dia ter me atirado?
Deixo isso em um pensamento,
Assim como deixo tudo o que sinto de lado.

Aquilo que sinto ainda está no chão,
Depois de ter suportado tantas lágrimas de outra solidão.
Hesitei em ir ver,
Por que eu sabia que lá haveria coisas da qual não queria crer;

Ah, a solidão de outro alguém!
Não consegui fazer comparações a minha,
Talvez ela seja pior, ou melhor,
A busca era a mesma que a de todos nós,
Envenenados pelo amor e navegando n’uns navios desgastados, sempre juntos, porém sós.

Cada um com seus caminhos,
Cada um com seus desejos – Desconhecidos!
Vejo sorrisos em uma nuvem nublada no rio que me foi idealizada a solidão.
Todos sós, todos com seus mundos fechados e calados pela sombra do amor e ilusão.

Autor: Erick Augusto

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um amor sem rumo foi para a ponta de um abismo

Sentado neste chão de concreto
Eu penso onde estive quando você chorou,
Quando disse que jamais me amou
Entristeci-me por ver você entristecer,
Mas acho que a realidade é dura demais para nós.
Sei que talvez jamais possa me amar.
E eu, como um navio sem porto
Fico morto sem achar minha paz.

Acho que fui precipitado demais,
Mas infelizmente não escolhemos quem amamos.
Amar é como um navio em deriva ao alto mar,
Que sempre estará a mercê de tempestades
E quando achamos nossas calmas,
Procuramos nos preparar para a chegada de mais uma fúria
Tal qual nos entrega a dor.

Conforta-me, distraia-me e mate-me aos poucos,
Estou fraco e em prantos por um amor que não me amou
E que a dor qual eu convivia voltou,
Mas não pela morte de alguém
E sim pela ilusão mostrada ao meu coração.
Não com o objetivo de me atingir.
Porém, sem saber, me machucou...
...me fez feliz!
Mas ela desabou em lágrimas,
Tais eu nunca vou poder secar
E criou machucados que jamais irão se curar.